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Skinheads Music – Do reggae ao hardcore, uma breve análise da subcultura através da música
*O presente trabalho foi realizado por mim, Natália Ribeiro, no âmbito da disciplina “Teoria do Rock”, ministrado por Melina Santos e Simone Sá, no curso de Estudos de Mídia (UFF) em Março de 2013, referente ao ciclo 2012/2 do calendário acadêmico.
Resumo
O presente trabalho busca apresentar as ideias, as contradições e as diferentes apropriações do movimento skinhead através da música. Pensando as contradições de um movimento conhecido popularmente por sua vertente racista e ultraconservadora, mas que fora fortemente influenciado pela música negra de imigrantes jamaicanos, em seu início, pelo punk rock de tendências anarquistas e pelo hardcore norte-americano posteriormente.
O começo – Rude Boys, Mods e a música negra
“(…) diversos estilos culturais adotados pelos diferentes grupos de jovens passaram a estar, em geral, associados a algum tipo de música, de ‘som’. Dessa forma os teddy-boys gostavam do rock-and-roll, e os mods, do soul. Já os skinheads, inicialmente, adotaram o reggae de Bob Marley ou o ska de Lauren Autken, assim como Desmond Dekker, Prince Buster, “The Skatellites”, “The Ethiopians”, “The Upsetters” etc. (COSTA, 2000, p.27)
Tanto na Inglaterra como em outros países capitalistas, a década de 50 marcou a consolidação do “consumo de massas”. É também nesse período que os jovens passam a ganhar mais autonomia perante a sociedade e ao grupo familiar. Com relativa independência financeira adquirida, passaram a consumir uma série de bens, espaços e serviços que os diferenciavam dos demais estratos sociais e lhes garantiam uma certa identidade.