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Rock In Rio, Wacken e a carnavalização bakhtiniana

WackenOpenAir

Neste artigo de Adriano Alves Fiore, jornalista e doutorando do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), apresentado no I Congresso Internacional de Estudos do Rock no Paraná, é trabalhada a ideia de carnavalização proposta pelo semiólogo Russo Mikhail Mikhailovich Bakhtin (1895-1975) e como o ambiente festivo e a atmosfera especial desses festivais, constrói “uma realidade contemporânea, herdeira direta de antigos ritos carnavalescos.”
“Nos grandes festivais (ou praças públicas) do gênero musical Heavy Metal percorrem ombro a ombro as três formas principais do riso carnavalizante bakhtiniano tão atuais como na Idade Média e na Renascença: o universalismo cômico, a liberdade utópica e a verdade popular não-oficial.” (FIORE, 2013, p.01)

FIORE, Alves Adriano. A importância do banquete nas grandes praças públicas (ou festivais) de heavy metal no brasil e no mundo. Congresso Internacional de Estudos do Rock, 1.:2013: Cascavel, PR.

Apensar do autor colocar Brasil e mundo do no título, na verdade, ele foca apenas no caso do Rock In Rio e Wacken, desconsiderando festivais menores, provavelmente não tão bem sucedidos. As peculiaridades do público de heavy metal também não foram tão consideradas.

Links interessantes:

http://www.congressodorock.com.br/evento/anais/2013/atual.html

http://edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=602&Itemid=2

Skinheads Music – Do reggae ao hardcore, uma breve análise da subcultura através da música

*O presente trabalho foi realizado por mim, Natália Ribeiro, no âmbito da disciplina “Teoria do Rock”, ministrado por Melina Santos e Simone Sá,  no curso de Estudos de Mídia (UFF) em Março de 2013, referente ao ciclo 2012/2 do calendário acadêmico.

Resumo

O presente trabalho busca apresentar as ideias, as contradições e as diferentes apropriações do movimento skinhead através da música. Pensando as contradições de um movimento conhecido popularmente por sua vertente racista e ultraconservadora, mas que fora fortemente influenciado pela música negra de imigrantes jamaicanos, em seu início, pelo punk rock de tendências anarquistas e pelo hardcore norte-americano posteriormente.

Skins

O começo – Rude Boys, Mods e a música negra

“(…) diversos estilos culturais adotados pelos diferentes grupos de jovens passaram a estar, em geral, associados a algum tipo de música, de ‘som’. Dessa forma os teddy-boys gostavam do rock-and-roll, e os  mods, do soul. Já os skinheads, inicialmente, adotaram o reggae de Bob Marley ou o ska  de Lauren Autken, assim como Desmond Dekker, Prince Buster, “The Skatellites”,  “The Ethiopians”, “The Upsetters” etc. (COSTA, 2000, p.27)

Tanto na Inglaterra como em outros países capitalistas, a década de 50 marcou a consolidação do “consumo de massas”. É também nesse período que os jovens passam a ganhar mais autonomia perante a sociedade e ao grupo familiar. Com relativa independência financeira adquirida, passaram a consumir uma série de bens, espaços e serviços que os diferenciavam dos demais estratos sociais e lhes garantiam uma certa identidade.

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